Wednesday 11 March 2009

Carta a Ti

Não me digas certas coisas… prefiro não saber. Ainda que não as digas directamente a mim não fales com as minhas amigas, não as escrevas…não quero de modo algum saber de nada que se passe dentro dessa cabeça. Desculpa. Mas tenho medo do que possa acontecer se te deixar aproximar demasiado. Eu abri-te uma janela mas tu fechaste-a… foste tu quem quis! Eu dei-te o meu coração, lembras-te? Foste tu quem desviou o olhar, quem escolheu arrumá-lo. Talvez não porque quisesses mas porque aceitá-lo seria demasiada responsabilidade e não sabias se serias capaz de lidar com ela. Eu compreendo tudo isso. Não te culpo. Sempre foi uma situação delicada e ingrata desde o início. Mas, para todos os efeitos, a escolha foi feita. E assim como eu tive de a aceitar tu também tens de aceitar as consequências das tuas escolhas. Se ao menos tivesses dito qualquer coisa… Não precisava de juras de amor eterno, de promessas, de devaneios mentais sem destino nem rumo ou outras coisas do género, tão típicas tuas. Só precisava de uma palavra… de uma brecha, por mais ligeira que fosse, para que o meu sol pudesse passar. Mas não deixaste e tive de tomar outro rumo com a serenidade de quem não tem mais nada por resolver. E o rumo que tomei não foi o teu. Não me peças agora que o retome.
It's over. It's so over.

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