Friday 18 September 2009

Living in Twilight

O híbrido apoderou-se do nosso mundo. Pé ante pé, devagarinho e disfarçado de um "quase", infiltrou-se na vida de cada uma, sob máscaras diferentes mas sempre igual a si próprio. Parece impossível que nos encontramos todas novamente na mesma situação, após meses de voltas e reviravoltas, o destino (ou o nosso próprio karma) voltou a atira-nos esta "bola".
Quero.
Não quero.
Talvez.
Não é o momento.
Estou confuso.
Não sei.
És isto e aquilo e mais as sete maravilhas do mundo e gosto tanto de ti mas...
Sempre mas. Sempre efémero.
O intuito até pode ser nobre. A intenção, louvável. Honesta. E no final do dia até podemos ter um saco cheio de migalhas das migalhas mais doces que existem e por mais que as tentemos juntar, transformá-las num bolo compacto, inteiro, são sempre só migalhas.
Tem havido muita discussão acerca disto. O que fazer perante um inconfundível e ao mesmo tempo tão indefinido híbrido.
A única explicação que encontramos é que não há só uma explicação. Parece não haver receita, pelo menos nenhuma que nos tenha ocorrido.
No entanto, surgiram algumas considerações:
Ser coerente. Dizer a verdade. Saber qual é o limite e saber dizer CHEGA quando se atinge esse limite(partindo do princípio que o limite de cada um é pessoal e intransmissível) Não ficar pelas migalhas se o que queremos não são as migalhas. (passa sempre por saber o que é que se quer, ou pelo menos o que não se quer, realmente, em determinado momento) Não se atirar de cabeça (não se atirar à horta!!!). Reflectir. Parar. Respirar.

Mas também...
não deixar de viver, de arriscar (atirar-se à horta!!!) Não deixar de ouvir o que nos diz o coração só porque temos medo, ou porque o risco de sofrimento parece demasiado provável ou avassalador.
Ao lidar com um híbrido há coisas que devem ser aceites como pressupostos: Receio. Ansiedade. Descontrolo emocional. A partir do momento em que estes factores são aceites como parte inerente da situação e não como sinais de alerta porque ameaçam o nosso bem-estar, retiram-nos da nossa zona de conforto, pelo menos já sabemos com que pé (ou mão) jogamos.
Talvez passe por deixar de pensar nas coisas como "boas" ou "más" e apenas aceitá~las pelo que são. Não é suposto estarmos sempre bem. Não é suposto controlarmos sempre a situação. Não é suposto sabermos as respostas nem conseguirmos fazer sentido de tudo, SEMPRE.
Há coisas que são inexplicáveis.
Há situação que parecem condenadas e depois dão reviravoltas e renascem das cinzas.
Há excepções à regra e há hibridos que deixam de o ser.
Talvez passe mesmo por deixar andar, mesmo que a nossa integridade (assim como gostamos de a definir) seja comprometida. And maybe that's OK.
Dito isto, talvez a única consideração que seja realmente relevante seja: PORQUE É QUE OS HÍBRIDOS TANTO GOSTAM DE NÓS PORRA?????